31 de ago. de 2009

Casamento


Há terapeutas de casais, como eu, que são chamados às pressas para apagarem os incêndios alheios e verificarem se sobraram apenas cinzas, ou se o relacionamento é do tipo Phoenix e está prestes a se reinventar...

Há cerimonialistas que auxiliam os casais e os conduzem ao altar balizados por protocolos e pétalas de rosas...

Há uma flor, que não é rosa, mas Margarida... que consegue aliar a ritualização do matrimônio ou da conjugalidade (coisa super subjetiva e complexa!!!) à beleza dos detalhes e à maestria da afinação dos sons e das partes.

Esta flor de ser humano talvez não consiga mensurar a sua importância na vida das pessoas ou, talvez, use como medida a forma como as pessoas a solicitam... e, justamente baseando-se nisto, possa ter-se imaginado não muito útil em minha vida.

Talvez pela minha germânica criação, aprendi a tentar não depender das pessoas. Foi-me ensinado a extrair o máximo de aprendizado de cada um que se colocava próximo a mim, para, depois, mostrá-los o quanto foram eficientes como mestres, ao compartilharem comigo seus saberes ou, simplesmente, suas existências.

Preciso da Margarida sem "precisar" dela. Suas atitudes são pedagógicas e seus atos tranformam-se facilmente em aulas de etiqueta ou de política. É sábia e humilde; é firme e afetuosa... é uma flor!

Margarida tenta oferecer a seus casais CASAMENTOS. Não cerimônias!! Ou também cerimônias... mas, mais do que isto, tenta oferecer questionamentos, vivências e bagagem.

O ritual de organização de um casamento, quando realmente feito pelo casal, é uma metáfora da vida "lá fora". Decide-se, Discorda-se, Questiona-se, Flexibiliza-se, Briga-se, Argumenta-se, Comemora-se... e, depois de tudo isto, para os merecedores sobreviventes deste intrigante processo, recebe-se uma bênção. Uma bênção delicada e sutil vinda de uma experiente mulher que, através de seu olhar, ilumina o caminho desconhecido dos jovens casais!

Um brinde!

(Carla Broecker)

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