8 de ago. de 2009

A MATEMÁTICA DO AMOR


Em matéria de relacionamento, 1+1=3. Pelo menos nos meus cálculos!

Antes de ser vista como uma psicóloga burra, explico-me: o produto do relacionamento não é apenas a soma simples das partes. Como todos já sabem, o todo pode ser bem maior do que o somatório de seus pedaços... aliás, deve ser bem maior. Precisa ser bem maior, caso contrário, não me parece haver razão para as partes serem lincadas. O que se ganharia de uma relação assim? A simples junção de duas pessoas? Para quê? Cadê o lucro?

Conheço todo o tipo de casais:

Casais 1 + 1 = 3 – Tendem a ser pessoas interessantíssimas, que preservam a sua individualidade, mas que investem na construção do “nós”. Pessoas independentes uma da outra que estão juntas para somar... e para ter lucro! Esforçam-se sempre para manter o seu negócio (relacionamento) atrativo e competitivo (rentável).

Casais 1 + 1 = 2 – São casais em que as pessoas são tão individualistas que acabam administrando suas vidas sem que haja uma intersecção entre as partes. Vive-se junto por acomodação e todo o produto deste tipo de relação é de usufruto individual. Neste relacionamento uma parte não é capaz de influenciar a outra... andam em caminhos paralelos que não se cruzarão jamais.

Casais 1 + 1 = 1 – Tão comuns atualmente, apesar da pós-modernidade! Um esconde-se atrás do outro ou submete-se a uma relação onde só há espaço para que uma das partes brilhe. Talvez venha daí o termo “Um grande homem tem por trás uma grande mulher”... por quê é que ela tem que estar atrás? Por quê não pode estar ao lado? É uma relação de dependência sim, mútua, mas não há equilíbrio de poder neste tipo de encaixe. É como se andassem de gangorra: um estará por cima e o outro por baixo.

E, finalmente, Casais 1 + 1 = 0 – Não precisa ler de novo, a conta está certa e o sinal também! Há, infelizmente, casais que se anulam mutuamente. Muitas vezes não se dão conta da implosão que estão prestes a causar e tendem a achar muito profunda a sua relação, na qual não há espaço para nada além do casal... não há amigos, não há programas separados, há ciúme excessivo, controle mútuo e despersonalização de ambos. Este tipo relacionamento é auto-imune, pois é um relacionamento extremamente fechado ao meio externo, que não propicia o crescimento e a reciclagem nem da relação, nem das partes.

Chocado?! Mãos à obra! Pegue a sua calculadora afetiva e tente compreender se as suas atitudes dentro do relacionamento são lucrativas ou se você, há muito tempo, é um grande inadimplente que sonha (e credita!!) que magicamente suas dívidas relacionais serão sanadas sem esforço ou comprometimento. (texto de Carla)

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