12 de ago. de 2009

Pai e Mãe: seres de outro planeta?!


Não compreendo como, numa época em que as livrarias estão abarrotadas de livros que ensinam como dar limites aos filhos, como dizer não, como fazê-los dormir em seus berços, como tirar a fralda, como retomar a vida conjugal após o nascimento dos filhos, como não se sentir culpado com a falta de tempo para a família, entre centenas de milhares de títulos, os pais nunca estiveram tão perdidos e confusos.

Sei que a globalização, a violência, a lei do divórcio e diversos outros fatores acabaram por influenciar a reorganização das famílias. Ok, mas isto era esperado. Basta lermos qualquer livro de história para compreendermos que as reestruturações são cíclicas e que sempre nos atrapalhamos um pouquinho com as mudanças e readaptações. Mas isto tudo não explica a paralisia em que se encontram os pais pós-modernos. Eles simplesmente são sabem para onde correr...

Ainda não sou mãe, nem sou suficientemente louca para atirar pedra na cruz... mas acho isso tudo um absurdo. Penso que, como ocorre em todos os setores, busca-se a terceirização. Hoje em dia não precisamos dominar tudo de tudo, podemos ser super especialistas em uma área e pagar para que alguém compreenda ou faça por nós aquilo que não queremos ou sabemos fazer. E isto ocorre também no setor parental.

Pais de todo o mundo, principalmente os brasileiros, esqueceram-se de sua responsabilidade maior sobre seus filhos: educá-los. Por educação devemos compreender o conjunto de valores e ferramentas necessários para a sobrevivência física, psicológica e social dos filhos, num mundo tão complexo como o de hoje. Os filhos, atualmente, saem como pintinhos, bicando todo o tipo de terreno, em busca de grãos que os nutram para uma vida mais sadia. Aqueles que têm sorte sobrevivem sadios, encontrando bons parâmetros que servem de modelos para a vida adulta. Os menos afortunados, talvez a grande maioria, bem... você deve imaginar... estão por aí tropeçando no desconhecimento, na imoralidade e na falta dos valores que lhes foram negados. Isto tudo, porém, não tem ligação com classe sócio-econômica... parentalidade não se compra, desenvolve-se.

Simplificadamente, acredito que falta o bom senso... Bom senso, este, que norteou por anos e anos a nossa conduta. Nem tudo precisa vir com manual ou com um protocolo que embase nossa ações, podemos arriscar, criar e agir utilizando nossas vivências e nossa concepção de certo/errado. Pais e mães, arrisquem-se mais! Atuem! Envolvam-se com os seus filhos e tentem compreender as suas necessidades... Certamente é mais nobre errar agindo do que se omitir e negligenciar seus filhos.

2 comentários:

  1. Aaahh mais que nunca preciso me interar desse mundo novo...acho horrível crianças sem limite...e pais relapsos ngm merece!
    Obrigada pelas boas palavras!!!

    Bjooooo

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  2. Ah, onde se compra bom senso?
    Ah, será q a hipocrisia não mascara(va) o "mau comportamento"?
    Ah, hj temos + liberdade p/ falar e questionar esse "faz o q eu mando e não o q eu faço"?
    Ah, há quantas questões envolvendo o individualismo?
    Ah, ...
    Kss.

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